A Favela é a solução habitacional para cerca de 16 milhões de pessoas em 6,6 milhões de domicílios, com um total 11.403 favelas segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde 1991 as áreas urbanas sem infraestrutura básica adequada são denominadas pelo Censo Demográfico do IBGE de “Aglomerados Subnormais”, agora IBGE anuncia a retomada da definição de Favelas e Comunidades Urbanas fruto de amplo debate, estudos e luta histórica dos movimentos e organizações das favelas.
O processo histórico de surgimento das Favela no Brasil e da percepção de problema/solução de espaço de precariedade e de criatividade nessa dualidade as Favelas existem e resistem, mudar o nome sem mudar a realidade não tem efeito, por isso a organização de base desde os mutirões para a construção de esgoto as lutas por acesso a água e energia elétrica nos primeiros anos de nascimento do MDF no final dos anos de 1970 até avançar na perspectiva jurídica do Título de Posse – Regularização Fundiária e Urbanização são fundamentais.
A conquista de políticas públicas que a partir da pressão e organização das favelas tem provocado a mudança do olhar sobre a favela que passa de uma política de remoção para a clareza de que onde é possível fora de áreas de risco a regularização fundiária e a urbanização são hoje a proposta que deve ser aplicada, a construção de uma identidade cultural e de enfrentamento aos problemas de forma criativa sã a cara das favelas.
A mudança de nome ou a retomada do que é a Favela, fruto de um processo histórico de negação do direito à cidade e que ao mesmo tempo se transforma em território criativo e cheio de possibilidades o olhar e a compreensão tem se transformado ao longo do tempo e que as lutas permanecem e se atualizam.
No link abaixo o texto integral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE com a Nota Metodológica sobre a mudança de Aglomerados Subnormais para Favelas e Comunidades Urbanas.
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